sexta-feira, 6 de maio de 2011

AS MODERNAS GUERRAS DE ISRAEL


Sem dúvida que nós vivemos numa época privilegiada. Tenho certeza que estamos ao término da Sexta Dispensação Bíblica: A Dispensação da Graça (Efésios 3:1-2).
            Uma das marcas do fim de uma Dispensação é o fato de eventos que são característicos e que são necessários da próxima Dispensação começarem a ocorrer dentro da Dispensação atual. Por exemplo, antes e perto do término da Dispensação da Lei (anterior à da Graça) alguns eventos da próxima Dispensação começaram a acontecer (ministério de Jesus Cristo, principalmente Sua ressurreição; promessa da vinda do Espírito Santo, com sinais visíveis de como Ele viria, como em João 20:22; a Grande Comissão da Igreja, que é dada ainda no término da Dispensação da Lei). Todos esses acontecimentos se dão numa espécie de transição, uma vez que a Dispensação da Graça tem realmente seu início em Atos 2, por ocasião da descida do Espírito Santo, em Quem todo convertido, a partir de então, é batizado, selado, feito morada e unido em Cristo para sempre.
            Por isso, regozijamos com alguns fatos da Dispensação do Milênio (a próxima) estarem acontecendo em nossos dias:
            1 - O retorno em massa dos judeus para Israel provenientes de todas as partes do mundo – Ezequiel 37:21
            “Dize-lhes pois: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu tomarei os filhos de Israel dentre os gentios, para onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra.”
(vejamos estes três testemunhos: Ezequiel 39:25, 28; Isaías 43:5-6; e Jeremias 16:14-16)

            2 – A criação impressionante da nação judaica moderna, em 29 de novembro de 1947, como cumprimento de Isaías 66:8
            Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos.”
            Fato esse tão incrível de acontecer e de forma tão espantosa (num só dia nascer uma nação!) que o escritor judeu Meyer Levin, em seu livro “Israel – de Abraão a Dayan”, descreveu que no momento em que se transcorria a Assembléia da ONU, um arqueólogo israelense em Jerusalém, chamado Sukenik, decifrava uma poesia encontrada juntamente com os manuscritos do Antigo Testamento, nas cavernas de Cunrã, providencialmente encontrados naquela tão importante época. No momento que os Estados Unidos voltavam “sim” para a criação do Estado Judeu na terra de Israel, e a votação atingia os dois terços requeridos para a aprovação, Sukenik terminava a sua tradução de uma poesia de dois mil anos:
Eu te agradeço, YaHWeH,
Eu fui expulso do meu lar, como pássaro do seu ninho,
Eu fui derrubado, mas ergui-me de novo,
Eu te agradeço, YaHWeH
            Meyer Levin, impressionado, escreveu: “Veio então a surpreendente noite em que a voz da eternidade parecia estar falando naquela casa” (página 231).

            Com o término da Dispensação da Igreja, Deus voltará a agir com Israel (Romanos 11:25-27):
            Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. 
            E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades. 
            E esta será a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados.”
            Nós estamos vivendo no Tempo dos Gentios (Lucas 21:24), mas, quando chegar a Plenitude dos Gentios, o término desta Dispensação, então o SENHOR retornará ao cumprimento de Suas promessas a Israel, na Dispensação do Reino Milenar, quando Cristo reinará em Israel sobre todas as nações do mundo (Salmo 2:6-9).
            Estamos vivendo nos últimos dias do Tempo dos Gentios, em que profecias parciais acerca de Israel estão se cumprindo diante dos nossos olhos, como a de Lucas 21:24 (“E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem”).   
            Pensemos nessa progressão de fatos proféticos:
            1 – Israel renasceu como nação em novembro de 1947.
            2 – Israel tornou-se nação com constituição e governo, com a capital em Tel-Aviv, não em Jerusalém, em maio de 1948.
            3 – Em 1949, David Ben-Gurion proclamou Jerusalém como capital de Israel.
            4 – Em 1967, com a vitória de Israel na Guerra dos Seis Dias, Israel conquistou Jerusalém Oriental (até então no poder da Jordânia). E, de fato e de direito, agora Jerusalém se tornou a capital de Israel.
            5 – Em 1980, uma lei declarou Jerusalém como capital, eterna e indivisível, de Israel.
            Mas, então, a profecia de Jesus não dizia que Jerusalém seria pisada pelos gentios até que o fim dos tempos desse povo terminasse? Jerusalém como capital do independente, moderno e poderoso Estado de Israel não deixou de ser pisada pelos gentios?
            Não, ainda não deixou de ser humilhada, pois as declarações e leis sobre Jerusalém ser a capital de Israel deixam sob jurisdição jordaniana (árabe-muçulmana) o Monte do Templo: o ponto mais sagrado de Israel (o local do Templo do SENHOR, onde Abraão “sacrificou” Isaque, onde Davi consagrou para a construção do Templo, e onde Salomão construiu o Templo do SENHOR). Ali hoje existem uma mesquita e um monumento muçulmano. Jerusalém está sob o domínio judeu, mas seu coração ainda pertence aos árabes. Jerusalém ainda está sendo pisada pelos gentios, até que os tempos deles se completem (e, como vemos, falta muito pouco tempo: “Porque ainda um pouquinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará” – Hebreus 10:37).
            As guerras modernas de Israel são evidências claras de que Deus já começou a atuar com Israel para fazer dele a capital do universo sob o Reino de Jesus. Em todas há milagres que atestam visivelmente a mão de Deus operando, revelando Suas intervenções e intenções de mostrar que este é o mais claro sinal que fim desta nossa Dispensação está chegando ao fim:
            6 E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando; 
            7 E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente? 
            8 E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque; 
            9 E, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar. 
(Lucas 13:6-9)

            32 Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. 
            33 Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. 
(Mateus 23:32-33)
            A figueira é o povo de Israel. Durante Seu ministério, por três anos, Jesus ministrou a eles, esperando em vãos os frutos (João 1:11). Ela foi cortada (não arrancada), e agora começa a brotar novamente, então escutemos Jesus: “... quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas”. 
            As profecias de Isaías, de Ezequiel, de Daniel (principalmente 9:26), e de Jesus são tão evidentes que nós, hoje, entramos na exortação de Jesus, em Lucas 24:25, quando chamou seus discípulos de néscios: “Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!”.
            O que o SENHOR Deus começou a fazer com os Judeus e com a Nação Judaica, a partir de 1947, são sinais do reflorescimento da Figueira e que Ele já começou a operar com o povo da próxima Dispensação. Logo, a atual vive seus derradeiros e transitórios momentos.
            Vejamos um pouco da História do Moderno Estado de Israel e seus desdobramentos proféticos e futuros:

            1 – 29 de Novembro de 1947 – Assembléia da ONU, presidida pelo brasileiro Osvaldo Aranha, aprova a criação do Estado Judeu na Terra de Canaã. Nessa resolução é estabelecido que o Mandato Britânico terminaria dentro de seis meses, prazo para que os judeus organizassem o seu Estado.
            2 – 14 de Maio de 1948 – Fundação do Moderno Estado de Israel. Aconteceu a PRIMEIRA GUERRA DE ISRAEL, a Guerra da Independência. Cinco nações árabes: Egito, Jordânia, Líbano, Síria e Iraque, apoiadas pela Arábia Saudita, invadem Israel.

Sob o comando do coronel egípcio Gamal Abdel Nasser que tinha a ânsia de, em 48 horas, varrer do mapa o povo de Israel. Nasser conhecendo muito bem a história de Davi e Golias, reforçou suas tropas na Faixa de Gaza, onde Davi derrotou o gigante. O pequeno e recém-nascido Israel derrotou a fabulosa coligação. E foi justamente na Faixa de Gaza que Nasser foi derrotado e preso (sendo bem tratado, foi devolvido ao Egito no acordo de paz). Conseqüências dessa vitória e do acordo de paz: Israel conquistou parte da Península do Sinai (do Egito), e parte do território israelense que estava sob o poder da Jordânia; e a URSS reconheceu o Estado de Israel.

            3 – As vitórias de Israel e as novas fronteiras entusiasmaram os judeus de vários países a retornaram à sua terra. Mas, também provocou perseguição aos judeus que viviam em países árabes. Grandes operações de resgate foram feitas:
            1) A Operação Tapete Mágico mobilizou dezenas de aviões dos EUA, França e Inglaterra, com mais de 300 vôos sem nenhum acidente, em que muitos viram o cumprimento de Isaías 60:8;

2) A Operação Ali Babá trouxe do Iraque às pressas 135 mil judeus que corriam perigo.
            Nasser, agora presidente do Egito, desde 1953 incentivava os fedayn , guerrilheiros palestinos, a sabotarem Israel. E, em 1956, nacionalizou o Canal de Suez e com a ajuda de sete nações árabes, fortemente armado e apoiado pela URSS, tomou Eilat (o porto de Israel que fica ao sul, no Mar Vermelho), impedindo Israel de ter acesso ao importante Golfo de Acaba.


            Israel declarou guerra ao Egito e contra-atacou e com a ajuda da França e Inglaterra que tinham interesses em no Canal de Suez (a participação delas, na verdade, foi a tomada por paraquedistas do Port-Said (no Mar Mediterrâneo).

Foi a SEGUNDA GUERRA DE ISRAEL, a Guerra do Suez. Israel tomou toda a Península do Sinai (depois por pressão da ONU, leia-se URSS, devolveu ao Egito) e consolidou seu território ao sul, no golfo de Acaba. Ponto importante é que Nasser mais uma vez temendo uma derrota na Faixa de Gaza, a região de Golias, concentrou uma grande parte de armamentos pesados da URSS ali e, quando foi novamente derrotado, Israel tomou aquele armamento como espólio da guerra (servindo de armas para Israel: era a espada de Golias que agora ficava em poder de Davi).

4 – Em 1967, Nasser mais uma vez organiza um audacioso ataque, com 12 nações árabes (principalmente Jordânia, Síria e Iraque), com a intenção de desferir um golpe fatal contra “os intrusos judeus na Palestina”.  Agora tinha o apoio explícito da URSS que lhe fornecia armas em troca do suado algodão dos pobres agricultores egípcios.  Era o Golias novamente de pé desafiando e pronto para humilhar os exércitos do Deus Vivo.
            A pedido do Egito, as tropas da ONU que estavam no Sinai, desde 1956, para garantir a paz, covardemente se retiraram, deixando o caminho livre para o avanço das tropas egípcias até as fronteiras de Israel. Nasser tomou o novamente o Golfo de Acaba ao sul de Israel, asfixiando Israel sem porto ao sul e sem poder fazer as irrigações no Deserto do Neguev. Eram 100 milhões de árabes contra 2 milhões e meio de judeus.
            Era a TERCEIRA GUERRA DE ISRAEL, a Guerra dos Seis Dias.
            No dia 05 de junho de 1967, aconteceu, no 20º ano de nascimento de Israel, uma das mais fabulosas e incríveis vitórias de tão poucos contra tanta multidão de inimigos.
            Somente um exemplo histórico para compreender os milagres de Deus. No segundo dia da guerra, uma guarnição israelense de 20 soldados viu-se cercada por um batalhão árabe composto de seis blindados com vinte soldados de metralhadoras e 80 soldados com fuzis soviéticos. Ao ver tamanha disparidade de forças, Yosi, comandante da guarnição israelense, disse: “Só se acontecer um milagre à moda antiga”. E lembrou-se que estavam nas terras de Dã, onde Sansão havia derrotado os filisteus. Lembrou-se da estratégia de Sansão, em queimar os rabos das raposas, incendiando os campos inimigos. Ele viu que os tanques passavam por campos secos de trigo, pois não chovia providencialmente desde abril. Vendo que suas duas metralhadores não podiam perfurar os blindados, mandou que atirassem contra as partes mais baixas dos veículos. As balas ricochetearam, fizeram fagulhas e incendiaram o trigal. Soldados egípcios saíram em disparada dos tanques, soldados soltaram suas armas para poder correr mais depressa daquele inferno. Somente dois carros blindados conseguiram recuar e fugir, tudo mais foi destruído.
            O Comandante Yosi escreveu: “E o milagre veio, e veio da Bíblia” (Juízes 15).
            Resultado da Guerra dos Seis Dias: O mundo tremeu diante de Israel; Israel rechaçou todos os invasores e consolidou ainda mais seu território (triplicando), principalmente as Colinas de Golan, ao norte – Leiamos Amós 9:15.

5 – No dia 06 de Outubro de 1973, no dia do feriado mais sagrado de Israel, o Dia do Yom Kipur (O Dia do Perdão), em que todos os judeus param todos os seus afazeres para oração e jejum, foi desferido um dos mais covardes ataques da história. Não mais doze nações, mas todos os países árabes e muçulmanos do Oriente Médio se juntaram para destruir de vez Israel.
            Foi a QUARTA GUERRA DE ISRAEL, a Guerra de Yom Kipur.  Os ataques ocorreram de todos os lados, justamente quando a maioria dos soldados israelenses estava de folga por causa do feriado religioso. Nas primeiras horas do dia, 80 aviões israelenses foram destruídos em suas bases.  Do sul, os egípcios avançaram em poucas horas mais de 100 km (eram 80 mil soldados egípcios contra um esquadrão de defesa composto de 500 soldados judeus).  Ao norte, a Síria, com 1.400 tanques contra 180 tanques de Israel, recuperou as Colinas de Golan; e ao leste as forças coligadas avançavam rumo a Jerusalém. O saldo do primeiro dia desse ataque-surpresa foi devastador para Israel. Mais de 100 aviões destruídos, centenas de tanques pulverizados e centenas de vítimas.

E o mundo e as Nações Unidas assistiam a tudo isso. Nenhuma resolução para cessar os ataques e as destruições. Nenhuma censura.
            Veio o segundo dias e mais perdas imensas. Caíram as poderosas e caras Fortificações Bar-Lev que protegiam o sul de Israel.
            28 nações, prevendo a derrota de Israel, e querendo estar ao lado dos vencedores, correram e cortaram relações diplomáticas com Israel.
            Os inimigos eram mais de 600 milhões de muçulmanos contra os 3 milhões de judeus – Salmo 118:12.
            Deus levantou Ariel Sharom, que lembrou-se uma passagem secreta na Fortificação Bar-Lev, atravessou e numa operação arrojada rumou para Cairo, cercou os batalhões egípcios por trás, deixando-os sem comunicação e cercados.
            A frente israelense nas Colinas de Golan, na Síria, começou a resistir e avançar, chegando a 40 km de Damasco.
            Os comandos do leste começaram a ter vitórias e a se dirigirem para a Jordânia.
            E os covardes da ONU fizeram agora uma reunião de emergência ordenando o cessar-fogo. Mas, por que não fizeram isso nos dias 6, 7, 8 ou 10, quando Israel estava sendo covardemente trucidado?
            Deus é o único aliado de Israel – Salmo 124:1-3.

            Não há qualquer dúvida de que o SENHOR Deus já começou a operar com Israel novamente. Parece que o calendário profético de Israel, que foi congelado com a morte do Messias, por volta do ano 30 (no término da 69ª Semana da Profecia de Daniel – Daniel 9:26), está dando os primeiros sinais que, em breve, vai começar a funcionar dando início a 70ª Semana, a última das 70 semanas determinadas para Israel – Daniel 9:24 e 27.
            Que nós, que conhecemos a Palavra Profética, possamos remir o tempo que nos resta, para conhecermos mais o SENHOR, estudar mais Seu Plano Eterno, santificar mais e mais nossas vidas, servi-lO com mais intensidade e consagração, pregando todo o conselho de Deus (Atos 20:27), inclusive o plano de Deus para Israel, a edificação da Igreja, a esperança da Gloriosa Segunda Vinda de Jesus, e a salvação em Cristo para os perdidos. 


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