sexta-feira, 13 de março de 2009

Tiradentes e a Igreja: o martírio de Joaquim da Silva Xavier pela independência


Tiradentes - Joaquim Jose Silva XavierO Brasil cultua Tiradentes como mártir da Independência. Ele foi dentista, tropeiro, minerador, comerciante e militar. Joaquim José da Silva Xavier (1746 - 1792) foi o único dos inconfidentes a ser morto, por ter assumido toda a responsabilidade pela Inconfidência e inocentado seus companheiros.

Segundo os relatos, Tiradentes morreu como cristão. Embora não seja mártir declarado pela Igreja, sua memória nos faz lembrar dos mártires da Igreja em todos os seus vinte séculos. Homens, mulheres, jovens e crianças que deram a vida por Jesus Cristo, pelo Evangelho, e para não negar a fé católica.

Durante o Império Romano, mais de cem mil cristãos foram mortos pela espada, pelos dentes dos leões no Coliseu e no Círculo de Nero. Foram tantos os mártires, que o historiador cristão Tertuliano (século III) escreveu ao imperador romano Antonino Pio falando da perseguição dos cristãos: “O sangue dos mártires é semente de cristãos”. A fé cristã floresceu em todo o Império Romano a partir do ano 313, com o Edito de Milão.

Nos vinte séculos da Igreja, entretanto, católicos foram martirizados, sendo que o maior número se deu no século XX. As revoluções da Rússia comunista (1917), a revolução espanhola (1936), a mexicana (1929) e o regime nazista tinham a Igreja e os católicos como inimigos viscerais.

Em 28 de abril de 2006, o Papa Bento XVI reconheceu 53 mártires da Guerra Civil Espanhola e no mesmo ano reconheceu mais 149. Em 28 de outubro de 2007, o Cardeal José Saraiva Martins qualificou de "histórica" a beatificação mais numerosa da história da Igreja, logo depois de proclamar beatos da Igreja a 498 “mártires do Século XX na Espanha”. Dias depois, o Secretário Geral da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Pe. Juan Antonio Martínez Camino, afirmou que outros dois mil casos que já estavam sendo investigados.

No ano passado, a agência UCA News informou que o Papa Bento XVI poderia aprovar em breve a beatificação de 188 mártires japoneses, conforme teria declarado o Cardeal Stephen Fumio Hamao. No dia 1º de fevereiro deste ano, a Delegação Episcopal para as Causas dos Santos da Arquidiocese de Zaragoza (Espanha) realizou a abertura solene da fase diocesana do processo de Canonização de 112 mártires da Igreja na província de Aragón.

Como disse o Papa João Paulo II na celebração dos mártires do século XX, durante o Jubileu de 2000: “Inundados pela graça, poderemos mais vigorosamente erguer ao Pai o nosso hino de gratidão, cantando: O exército resplandecente dos mártires canta os vossos louvores”.

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