Para que os filhos de Deus cresçam saudáveis.
Tendo em vista a liberdade cristã ensinada no Novo Testamento, não pretendemos, com este artigo, estabelecer ou defender regras alimentares, senão apenas utilizar
o tema como ilustração para ensinamentos de cunho espiritua l (Rm.14.2-3). Em nossa alimentação diária, ingerimos uma série de substâncias. Algumas são imperceptíveis, escapam ao nosso conhecimento ou não recebem a devida atenção. Por exemplo, ao comermos feijão com arroz estamos, de fato, consumindo muito mais do que isso. Nosso prato contém também água, sal, gordura, alho e cebola (considerando um tempero mineiro habitual). Pode ser que também estejam ali elementos estranhos provenientes da lavoura ou mesmo da cozinha, tais como agrotóxicos, bactérias, etc.
O propósito nutricional vem, muitas vezes, acompanhado de outros efeitos nem sempre desejáveis ou benéficos. Alguns males manifestam-se de imediato. Se o alimento estiver estragado, sofreremos logo com a indigestão. Outros efeitos só aparecem depois de longo prazo.
Sal, gordura e açúcar são alguns dos mais queridos e saborosos vilões que frequentam nossas mesas. Os médicos e nutricionistas sempre nos alertam a respeito deles. Entretanto, continuamos consumindo-os (e não pretendemos reduzi-los). Que mal pode existir em uma pequena quantidade de sal? De imediato, nenhum, mas este é o problema.
O pouco (ou muito) que ingerimos todos os dias vai se acumulando em nosso organismo até que os efeitos maléficos surjam. A gordura causa obesidade e pode levar ao infarto. O sal pode produzir cálculos renais. O açúcar produz diabetes. O que foi saboroso tornou-se prejudicial. O excesso de tais substâncias poderia ter sido evitado, mas, depois de assimiladas, não podem ser facilmente retiradas do organismo, pois muito do que comemos passa a fazer parte do que somos.
Afinal, alimentamos mais por prazer do que por necessidade. Aumentamos a quantidade e reduzimos a qualidade. Priorizamos o sabor e a aparência do prato, subestimando seu conteúdo e efeitos orgânicos.
Mas, o que alimentação tem a ver com espiritualidade? Podemos delinear alguns paralelos pela analogia existente entre corpo, alma e espírito. Recebemos muitos alimentos espirituais que podem estar contaminados. Entretanto, não nos preocupamos com isso, enquanto não surgem sérios sintomas dos males adquiridos.
O propósito nutricional vem, muitas vezes, acompanhado de outros efeitos nem sempre desejáveis ou benéficos. Alguns males manifestam-se de imediato. Se o alimento estiver estragado, sofreremos logo com a indigestão. Outros efeitos só aparecem depois de longo prazo.
Sal, gordura e açúcar são alguns dos mais queridos e saborosos vilões que frequentam nossas mesas. Os médicos e nutricionistas sempre nos alertam a respeito deles. Entretanto, continuamos consumindo-os (e não pretendemos reduzi-los). Que mal pode existir em uma pequena quantidade de sal? De imediato, nenhum, mas este é o problema.
O pouco (ou muito) que ingerimos todos os dias vai se acumulando em nosso organismo até que os efeitos maléficos surjam. A gordura causa obesidade e pode levar ao infarto. O sal pode produzir cálculos renais. O açúcar produz diabetes. O que foi saboroso tornou-se prejudicial. O excesso de tais substâncias poderia ter sido evitado, mas, depois de assimiladas, não podem ser facilmente retiradas do organismo, pois muito do que comemos passa a fazer parte do que somos.
Afinal, alimentamos mais por prazer do que por necessidade. Aumentamos a quantidade e reduzimos a qualidade. Priorizamos o sabor e a aparência do prato, subestimando seu conteúdo e efeitos orgânicos.
Mas, o que alimentação tem a ver com espiritualidade? Podemos delinear alguns paralelos pela analogia existente entre corpo, alma e espírito. Recebemos muitos alimentos espirituais que podem estar contaminados. Entretanto, não nos preocupamos com isso, enquanto não surgem sérios sintomas dos males adquiridos.
DELÍCIAS IMUNDAS
Não estamos sujeitos à lei de Moisés, mas existem nela muitas lições espirituais para nós. Por exemplo, Deus proibiu que os judeus comessem a carne de diversos animais classificados como imundos (Lv.11). Aquele povo não tinha conhecimento das contaminações invisíveis contidas naqueles “alimentos”. Portanto, deveria obedecer, mesmo sem compreender. Algum israelita poderia argumentar: “Senhor, mas este porquinho está limpo. Eu mesmo dei um banho nele. Agora posso comê-lo”? Se Deus disse que é imundo, não vamos discutir com ele. (Não se preocupe com a carne de porco, pois o cristão está autorizado a comer qualquer tipo de carne vendida no açougue – ICo.10.25). Entretanto, devemos nos preocupar com as imundícias do mundo que estamos lavando com nossas justificativas racionais para depois consumi-las sem restrições. Filmes, novelas, documentários, noticiários, shows, músicas, livros, revistas, jornais, desenhos animados, obras de arte, etc podem conter muito mais do que aquilo que gostaríamos. Existe uma mentalidade por trás de tudo isso, incluindo ideologias, propagandas diversas, inclusive com uso de mensagens subliminares. Não estou dizendo que vamos rejeitar sumariamente todas essas coisas, vivendo alienados. Se assim fosse, precisaríamos de muitos monastérios para a reclusão cristã. Este não é o ensinamento bíblico. O que precisamos, entretanto, é julgar todas as coisas (não as pessoas) e rejeitar aquilo que for abominável ou inaceitável, conforme os parâmetros da palavra de Deus.
A consciência, que também pode nos ajudar, funciona de modo semelhante ao olfato. Mesmo sem colocar um alimento na boca, é possível que já tenhamos um discernimento nasal a respeito das condições do mesmo. O que nos incomoda é, geralmente, inadequado ao consumo.
Existem ainda outros tipos de contaminação que vêm através de ensinamentos religiosos. Certa vez, o Mestre disse: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu” (João 6.51). Em outra ocasião, avisou: “Acautelai-vos do fermento dos fariseus” (Mt.16.6,11,12).
O pão utilizado nas ilustrações bíblicas é o ázimo, ou seja, sem fermento. Este era o pão que os judeus comiam durante a páscoa e colocavam em alguns tipos de ofertas no tabernáculo (Ex.12.8,15,17,18,20,39; Ex.13.6-7; Lv.2.4). Quando Jesus disse “este é o meu corpo”, tinha pão sem fermento em suas mãos (Lc.22.1,19). Fermento não é alimento, mas encontra-se misturado a ele, podendo, em alguns casos, indicar um estado de putrefação do mesmo. Afinal, fermentação é um dos sinônimos de decomposição. Seu efeito exterior pode ser o crescimento, mas isto não é necessariamente positivo. O fermento, mesmo em pequena quantidade, produz grande influência. Depois de colocado, torna-se difícil retirá-lo. Portanto, como disse Jesus, precisamos de toda cautela (Mt.16.6). “Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa? Expurgai o fermento velho, para que sejais massa nova, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado. Pelo que celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade” (ICo.5.6-8).
O nosso problema é julgar as coisas pela quantidade. Pensamos que um pouquinho de veneno não nos fará mal. São assim as influências pecaminosas recebidas de bom grado todos os dias até que seu efeito cumulativo comece a se manifestar.
“Não vos enganeis. As más conversações corrompem os bons costumes” (ICo.15.33). O que era o fermento dos fariseus? Sabemos que eles eram mestres e não padeiros. O referido fermento era sua doutrina, seus ensinamentos, cujas receitas incluíam a lei de Moisés contaminada por tradições religiosas (Mt.16.12). Assim alimentavam o povo.
Em todas as épocas, começando de Gênesis 3.1, a palavra de Deus, ao ser repetida, tem sofrido alterações e acréscimos desnecessários, mas que atendem aos interesses de alguns. Atualmente, os aditivos são muitos, com enfoques materialistas e místicos, na contramão do ensino bíblico. Nesse aspecto, se algo nos incomoda, não significa, a priori, que esteja errado, mas este já deve ser motivo suficiente para que busquemos os fundamentos bíblicos do ensino, caso existam (At.17.11). É evidente que ainda existem muitos que falam a palavra de Deus sem adulterá-la.
Precisamos examinar o que temos recebido como alimento em todo o tempo. Tudo o que vemos e ouvimos alimenta a nossa alma. Um pouquinho de veneno diluído naquilo que recebemos pode nos conduzir à morte.
“Pois o ouvido prova as palavras, como o paladar experimenta a comida” (Jó 34.3). Não temos como garantir a assepsia e pureza absoluta dos alimentos que comemos, mas isto não significa que vamos comer qualquer coisa, em qualquer lugar e de qualquer forma. Assim, precisamos cuidar também daquilo que recebemos em nossa alma ou espírito. A alma se alimenta das coisas deste mundo. O espírito se alimenta da palavra de Deus. Não sairemos do mundo (por enquanto) (ICo.5.10; João 17.15), mas devemos ser seletivos quanto ao que aceitamos dele (ICo.7.31). No que se refere ao espírito, precisamos ser cuidadosos com a composição e procedência da palavra ou doutrina que recebemos. Assim como nem todo aquele que diz “Senhor, Senhor” entrará no reino dos céus (Mt.7.21), também ocorre que nem todos os que utilizam a bíblia são servos de Deus.
Vamos comer qualquer alimento que encontrarmos no chão? Não comeremos. Assim também, não serão do nosso interesse os ensinamentos “bíblicos” vindos de fontes indignas de crédito (seitas diversas). O próprio Satanás usou a bíblia para tentar o Senhor Jesus (Mt.4.6).
Portanto, filhos de Deus, “comei em casa”. Cuidado com os pratos oferecidos em qualquer esquina. Acautelai-vos das alfarrobas deste mundo. Na casa do Pai há pão com fartura (Lc.15.16-17). Não participeis da mesa dos demônios (ICo.10.21). Controlai o apetite da carne e não vos lembreis das comidas do Egito (Nm.11.5). Quem tem ouvidos para ouvir ouça (Mt.13.9).
O MELHOR ALIMENTO
Quantos ensinamentos malignos já recebemos? Não temos como saber a exata extensão dos males que se encontram profundamente arraigados em nossas almas. Sabemos, porém, que Deus providenciou o antídoto. “Achando-se as tuas palavras, logo as comi; e as tuas palavras eram para mim o gozo e alegria do meu coração” (Jr.15.16). Recebamos diariamente a santa palavra de Deus, pois ela é poderosa para renovar a nossa mente mediante a operação do Espírito Santo. Por sua falta, muitos estão fracos e com a saúde espiritual comprometida. Devemos ler a bíblia, estudá-la, meditando sempre acerca dos seus divinos ensinamentos. Assim, nossa mentalidade será transformada e ninguém poderá arrancar dos nossos corações a semente divina. Seus efeitos serão gloriosos, produzindo em nós o fruto do Espírito e uma vida agradável ao Pai celestial. Melhor do que conhecer a palavra de Deus é praticá-la, seguindo o exemplo do nosso Senhor Jesus Cristo. “Entrementes, os seus discípulos lhe rogavam, dizendo: Rabi, come. Ele, porém, respondeu: Uma comida tenho para comer que vós não conheceis. Então os discípulos diziam uns aos outros: Acaso alguém lhe trouxe de comer? Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e completar a sua obra” (João 4.31-34).
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