Graças a Deus terminou o terrível drama dos 33 mineiros presos a 700 metros de profundidade.
Presos num mundo subterrâneo desde o dia 5 de agosto, eles sobreviveram na primeira semana em completo isolamento e sem qualquer comunicação. Depois, quando localizados por uma sonda, mandaram um bilhete dizendo que todos estavam vivos. A partir daí, foram assistidos, monitorados e supridos de alimentos, remédios, ajuda médica e psicológica, e de comunicação com seus familiares e amigos.
Nos 54 metros quadrados apertados da sala-refúgio, e nos dois quilômetros de galerias, eles tiveram que agüentar as condições precárias, as incertezas, as doenças, a pressão psicológica do isolamento e do medo. Disseram que eles nada poderiam fazer. Não adiantava procura saída. Seria em vão tentar desbloquear o entulho do desmoronamento. Teriam que confiar na ajuda de cima e esperar.
A equipe de resgate usou uma poderosa máquina de perfuração de 5 milhões de dólares. Depois de 68 dias, no dia 13 de outubro, começaram a ser resgatados. Um a um foram içados para fora da mina. Cada um está sendo recebido com festa.
O mundo está proclamando que essa experiência única de sobrevivência em situações extremas trará grandes ensinamentos para a medicina, para a psicologia e até para as viagens espaciais.
E nós, quais lições espirituais podemos extrair desse confinamento nas minas do deserto de Atacama no Chile?
Pensei em três assuntos que podem ter um paralelo entre a nossa experiência cristã e a dos mineiros soterrados naquela situação de extrema precariedade.
Primeiro: Eles estavam lutando pela vida, suportando a temperatura de mais 30 graus, em condições insalubres, tentando se distrair, mas, sem nada poder fazer, a não ser esperar com fé e paciência o resgate de cima.
Assim, é o homem, lutando aqui neste mundo. Procurando, ao mesmo tempo que sobrevive, divertir-se, esquecer que a morte chegará a qualquer momento. Sem nada poder fazer por si mesmo de maneira efetiva. Prolonga seus dias com ajuda da ciência, sara algumas enfermidades com a medicina, procura entender a vida com a ajuda das filosofias, entorpece-se com hedonismo, refugia-se em religiões. Mas, continua perdido, e, como dizia Raul Seixas, esperando a morte chegar.
Sua esperança, como a dos mineiros, só poderá vir de cima. Aqui não há esperança duradoura – tudo é provisório.
Mas, de Deus vem a solução. Jesus veio para resgatar o homem. A Bíblia diz que Ele desceu aos antros da terra – veio do mais alto para o mais baixo. Veio de cima para buscar os de cá de baixo. Veio para resgatar o homem da condenação do pecado, para salvar da perdição eterna, para arrancá-lo dessa danação insolúvel. Pagou caro esse resgate, pois derramou Seu precioso sangue na cruz. Assumiu culpa no lugar de todo o que nEle crer. Deixou o céu e desceu à terra para salvar o homem perdido.
“... O que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu.
Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.”
Evangelho de João, 3:13,15-18
A segunda lição que observo e aprendo com o resgate dos mineiros presos naquela mina chilena está na alegria do resgate. Eles foram içados um por um, e em cada chegada à superfície houve uma festa. Mineiros velhos já com netos, outros com filhos e alguns jovens sendo recebidos pelos pais, todos recebidos com alegria. O auxílio que veio de cima trouxe a felicidade do reencontro. As esperanças se encontraram com a realização. A expectativa foi contemplada com a alegria de sair daquele buraco, subir para o alto dos 700 metros, e o encontro dos aguardados com os que esperavam.
Ah, que lembrança maravilhosa do arrebatamento da igreja do Senhor Jesus Cristo. As Sagradas Escrituras afirmam que Jesus Cristo virá para levar os Seus redimidos. Que alegria haverá com o cumprimento da promessa de Jesus, conforme João 14: 3 - “E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.”
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